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Visita dos Fulni-ô no IPUSP

Exposição de artesanto Fulni-ô em frente à Casa de Culturas Indígenas Foto de Leandro Karaí Mirim

Nos meses de abril e maio de 2023, a Rede Indígena recebeu a visita do povo Fulni-ô para a realização de duas atividades. A primeira atividade aconteceu no dia 19 de abril, Dia Nacional dos Povos Indígenas, na Casa de Culturas Indígenas do IPUSP.

Os Fulni-ô são um povo do nordeste do Brasil, mais especificamente do estado de Pernambuco, e são o único povo da região que conseguiu conservar sua língua ancestral – Yaathe.

Na primeira atividade, foi realizada a venda de artesanatos produzidos pelos Fulni-ô e também uma roda de cantos e conversa. No dia estavam presentes indígenas do povo Fulni-ô, chamados Taunai, Herdlys, Tawan e Tayke ,que coordenaram a atividade e ativamente conversaram com todos que passavam e entravam na Opy’i para apreciar a atividade. No momento do canto, algumas pessoas presentes eram chamadas para o centro da roda para compor e para dançar por meio de movimentos que trabalham muito como equilíbrio.

Ainda nesse dia foi organizada uma roda de conversa na qual os indígenas do povo Fulni-ô puderam contar um pouco sobre sua trajetória e sua história. Além disso, puderam também explicar sobre o projeto que consiste na vinda para São Paulo (capital) e para cidades do interior do estado, que tem como objetivo a disseminação da sua cultura principalmente em escolas. Eles contam que realizaram atividades em diversas escolas na capital e que também visitaram algumas cidades do interior onde conversavam sobre a medicina e as cerimônias presentes em sua cultura.

A segunda visita dos Fulni-ô aconteceu no dia 04 de maio também na Opy’i e a atividade realizada foi uma roda de saberes tradicionais e práticas de cuidado e cura, somada a cantos e danças tradicionais do povo.

Os indígenas Fulni-ô apresentaram diversos elementos de sua cultura, explicando técnicas utilizadas no cuidado e na cura de pessoas. Eles explicaram a utilização de ervas como a erva de defumação, a jurema e o rapé.

Foi também realizado um momento de dinâmicas de cura, no qual os Fulni-ô contaram como funciona o sagrado em sua cultura, a forma como a medicina e as plantas utilizadas são importantes e precisam de um cuidado muito grande para o manuseio e preparação, de modo que apenas as pessoas mais espiritualizadas da aldeia são responsáveis por prepará-las.

Por fim, nesse segundo dia também foi realizada a venda de artesanatos, como canetas e arco e flechas produzidos pelo próprio povo.

A Casa de Culturas Indígenas da USP realiza diversas atividades abertas ao público e busca constantemente a abertura para a multiplicidade de povos indígenas. Fiquem atentos aos nossos portais de comunicação e às redes sociais da Rede Indígena para maiores informações sobre os próximos eventos.

Fotos de Leandro Karaí Mirim

Pessoas reunidas em frente à Casa de Culturas Indígenas

Foto de Leandro Karaí Mirim